Atrair Talento… em 2027 – por Carlos Sezões

Fazer futurologia é uma das menos fiáveis mas mais obsessivas actividades humanas. Pouco fiável porque tendemos a imaginar o mundo futuro como evolução linear do presente, ignorando naturalmente as variáveis (tecnológicas, políticas, culturais ou sociais) que se atravessarão na linha do tempo, provocando inevitáveis bifurcações. Lembro-me sempre da previsão do presidente da IBM que, em 1943, sentenciava que haveria um mercado mundial para 5 computadores, no máximo; ou da profecia do reputado produtor do cinema Darryl Zanuck que, na mesma década, estimava que a moda da televisão se esgotaria em 6 meses, porque as pessoas não estariam dispostas a passar uma noite inteira a olhar para uma caixa. Ou do célebre filme futurista “Metropolis” de Fritz Lang, de 1927, em que pequenos aviões a hélice, vagueariam pelos céus das nossas cidades como se fossem automóveis. É também uma actividade  obsessiva porque é da natureza humana estar permanentemente a perspetivar ou tentar conhecer o futuro – o fascínio existe através de tempos imemoriais, deste os profetas do Antigo Testamento, passando ao oráculo de Delfos e às profecias de Nostradamus.

Assumindo a minha “humanidade”, não fugirei ao desafio que me foi feito recentemente: imaginar o mundo do recrutamento daqui a 10 anos, em 2027. Basicamente, como irão as organizações munir-se dos activos humanos que necessitam para cumprir a sua missão? Que tendências, que competências, que processos? (ver mais)

wpChatIcon