Felicidade

Felicidade é uma palavra que habitualmente ligamos mais à poesia do que à gestão. Nos últimos anos, contudo, a palavra felicidade tem vindo a ser crescentemente usada em ambiente organizacional, talvez porque hoje está provado que trabalhadores felizes tendem a ser mais produtivos. Estudos feitos nos EUA, por exemplo, indicam que 5% de aumento no nível de “bem-estar” organizacional têm um impacto de mais 2.5% no crescimento da empresa. Esta forte correlação entre felicidade, performance e resultados organizacionais pode ser retratado da seguinte forma:
 
 
Mas aprofundemos o significado destes três vocábulos. Felicidade é, segundo os dicionários, é um estado de bem-estar, um contentamento, uma sensação real de satisfação, o êxito na realização dum projeto. Motivação é a energia que uma pessoa coloca no alcance dum objetivo e varia em função da direção, intensidade e persistência. Satisfação reflete o que as pessoas sentem (quanto gostam) em relação ao seu trabalho nas suas diferentes componentes.
Motivação é um estado ativo, habitualmente duradouro, que produz energia orientada para projetos, mudanças, objetivos e resultados. Satisfação, por seu lado, é um estado passivo, geralmente transitório, que origina bem-estar, conforto, segurança e manutenção do “status quo”. A satisfação obtém-se, essencialmente, através daquilo que empresa “dá”, isto é, das condições de trabalho, do ambiente, do salário e benefícios, do equilíbrio entre a vida pessoal e profissional, etc. A motivação consegue-se, fundamentalmente, através daquilo que a empresa “exige”, ie, das tarefas que compõem a função, do projeto e da equipa em que se trabalha, das novas responsabilidade e desafios, etc.
Se cruzarmos esquematicamente dois eixos representativos destes dois conceitos: Satisfação / Bem-estar / “O que a empresa dá” versus Motivação / Energia / “o que a empresa exige”, é possível concluir por quatro tipo de empresas / pessoas:
 
As empresas que investem, primordialmente, em criar condições de bem-estar para as suas pessoas, geram ambientes e, consequentemente, colaboradores satisfeitos, mas não motivados, nem felizes. As que se focam, essencialmente, em outorgar desafios e exigir performance, acabam por criar ambientes stressantes, nos quais os colaboradores até podem estar motivados, mas não estarão satisfeitos e muito menos felizes. Colaboradores felizes existem quando as organizações equilibram o apoio e as exigências que estabelecem. A felicidade apenas se consegue quando uma pessoa complementa o bem-estar da satisfação com a energia da motivação.
 
Felicidade é a satisfação de um objetivo alcançado.
 
José Bancaleiro,
Managing Partner
Stanton Chase International – Executive Search Consultants
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